Hong Kong, a região administrativa especial da China é famosa pelos seus baixos impostos, pelos seus mercados e por uma das melhores skylines do mundo. É também um dos locais mais densamente povoados do mundo e uma das zonas mais vibrantes de toda a Ásia.
Incorporado na China durante a dinastia Qin, ainda antes de Cristo. Já no século XIX, deu-se o princípio da colonização do território pelo Império Britânico, que se viria a consolidar na sequência da humilhante derrota das força chinesas na Primeira Guerra do Ópio. Com a assinatura do Tratado de Nanking, em 1844, deu-se então início a um período que os chineses apelidam de "Século da Humilhação". Durante este período os cidadãos chineses eram considerados cidadãos de segunda e o Império Britânico ditava as regras comerciais não só nesta como noutras regiões chinesas sob o seu controlo à data. Durante este período a dinastia Quing sofreu pesadas derrotas em quase todas a guerras que se envolveu, ora com potências ocidentais, ora com o japoneses. Foram ainda suprimidas várias revoltas de forma violenta. Já em 1941, as forças imperiais japoneses ocuparam o território em plena Segunda Grande Guerra, ocupação esta que terminaria em 1945 com um novo domínio britânico, em contra-corrente com um processo de descolonização generalizado que ocorria um pouco por todo o mundo. Hong Kong permaneceria um território britânico até 1997, ano em que o território foi devolvido à China como região administrativa especial. Desde então, iniciou-se um polémico processo de transição com vista ao fim do princípio de "uma China, dois sistemas", que tem levado alguns episódios de levantamento popular pelos habitantes pro-democracia. Contudo, o processo parece inevitável e tem, à semelhança de outras regiões como o Tibete ou Xinjiang, levado a uma aculturação chinesa.
Incorporado na China durante a dinastia Qin, ainda antes de Cristo. Já no século XIX, deu-se o princípio da colonização do território pelo Império Britânico, que se viria a consolidar na sequência da humilhante derrota das força chinesas na Primeira Guerra do Ópio. Com a assinatura do Tratado de Nanking, em 1844, deu-se então início a um período que os chineses apelidam de "Século da Humilhação". Durante este período os cidadãos chineses eram considerados cidadãos de segunda e o Império Britânico ditava as regras comerciais não só nesta como noutras regiões chinesas sob o seu controlo à data. Durante este período a dinastia Quing sofreu pesadas derrotas em quase todas a guerras que se envolveu, ora com potências ocidentais, ora com o japoneses. Foram ainda suprimidas várias revoltas de forma violenta. Já em 1941, as forças imperiais japoneses ocuparam o território em plena Segunda Grande Guerra, ocupação esta que terminaria em 1945 com um novo domínio britânico, em contra-corrente com um processo de descolonização generalizado que ocorria um pouco por todo o mundo. Hong Kong permaneceria um território britânico até 1997, ano em que o território foi devolvido à China como região administrativa especial. Desde então, iniciou-se um polémico processo de transição com vista ao fim do princípio de "uma China, dois sistemas", que tem levado alguns episódios de levantamento popular pelos habitantes pro-democracia. Contudo, o processo parece inevitável e tem, à semelhança de outras regiões como o Tibete ou Xinjiang, levado a uma aculturação chinesa.
Antes de uma viagem para Hong Kong é recomendável uma análise da sua geografia pois, geralmente, a primeira aventura na cidade começa com a procura de alojamento. A região é um conjunto de uma península e várias ilhas, representados na imagem com a cor laranja. Logo é necessário decidir em que zona se quer ficar e conjugar com o orçamento disponível pois, Hong Kong é um dos locais mais densamente povoados do mundo o que faz disparar os preços das unidades hoteleiras.
Chegamos a Hong Kong de ferry vindos de Macau, a viagem foi bastante calma e durou cerca de uma hora. A compra do bilhete foi feita no próprio terminal, onde várias companhias operam saindo barcos com a frequência de 15 em 15 minutos até à meia noite, a partir dessa hora os barcos são menos frequentes mas existem. Saímos na estação de Sheung Wan, na ilha de Hong Kong, ainda não era meio dia e fomos a pé para o nosso hotel na mesma região. Quanto ao nosso hotel a experiência não poderia ter sido melhor: uma localização excelente próxima de vários meios de transporte, várias lojas de conveniência e restaurantes nas proximidades, mas o melhor era mesmo a vista da janela do quarto como mostra a foto abaixo.
Dia 1
Star Ferry + Avenida das Estrelas + Nathan Road + Mercados
Começamos o dia cedo num dos mais emblemáticos barcos - o Star Ferry - que faz a ligação entre a ilha de Hong Kong (onde ficamos alojados) e Kowloon. A viagem é curta, dura cerca de 10 minutos, mas oferece-nos uma panorâmica arrebatadora da cidade.
Saíndo do ferry começamos a explorar a zona sul de Kowloon, pela Tsim Sha Tsui Promenade onde fica a conhecida Torre do Relógio, que mede 44metros de altura. De seguida caminhamos em direcção à Avenida das Estrelas que é uma famosa zona localizada em frente à Victoria Harbour, e que faz tributo à industria do cinema da região. Uma das estátuas mais famosas é a do conhecido actor Bruce Lee.
Prosseguimos em direcção Nathan Road uma conhecida artéria de comércio que liga Tsim Sha Tsui a Mong KoK - que é uma das zonas mais densamente povoadas do mundo. Aqui, é fascinante ficar a observar o movimento de pessoas que por ali passam, bem como a quantidade de letreiros luminosos que "abrilhantam" esta parte da cidade. Pelo caminho não deixem de visitar o tranquilo e refrescante parque de Kowloon que é um bom refúgio da confusão da cidade.
Mercados, mercados e mais mercados foi o que se seguiu, desde roupas, tecnologia, comidas, peixes, flores e muito mais. Aqui as falsificações chinesas são rainhas e é possível passar um dia completo em volta desta zona. Recomendamos o Ladie's Market, Gold Fish Market e o Flower Market. Ao cair da noite aproveitamos para jantar na Temple Street e ficamos a para visitar o muito conhecido mercado nocturno (Temple Street Night Market).
Dia 2
Victoria Peak + Causeway Bay + Ding Ding + Milde Level Escalator + Soho
Uma das maiores, senão a maior atracção de Hong Kong, é o Victoria Peak ou "The Peak" onde é possível desfrutar de vistas sensacionais do skyline da cidade. A diversão começa na subida da montanha que é feita num funicular envidraçado, um dos mais antigos do mundo. A viagem chega a ter cerca de 30º graus de inclinação vertical e dá-nos uma perspectiva diferente e divertida do que nos rodeia.
Uma vez no cimo chega-se ao "Peak Tower" que é um centro comercial, mas que também dá acesso a várias plataformas de observação para a cidade. Visitámos todas a plataformas gratuitas mas decidimos não visitar a única plataforma paga e também a mais elevada (fica a 428 mt) - Sky Terrace 428 - porque o tempo estava algo nublado e entrada era muito cara (julgo que por volta dos 20 euros/ pesssoa). A vista é de facto deslumbrante para a parte central de Hong Kong, o Victoria Harbour e as ilhas vizinhas. É ainda possível observar de perto algumas das mansões milionárias que existem nas encostas da montanha.
Após a visita à Vitoria Peak apanhamos um "Ding Ding", que é como quem diz um eléctrico de superfície, em direcção a uma das zonas mais famosas das ilha - a Causeway Bay. Esta é uma zona densamente construída, onde o valor das rendas imobiliárias já foi classificado como o mais caro do mundo. Aqui vale a pena perde-se no meio da confusão, pois é uma esta zona de comércio intenso bem como o centro financeiro da ilha. Infelizmente grande parte da marginal encontrava-se em obras à data da nossa visita, pelo que recorremos ao porto de ferry pra uma vista mais próxima do mar.
Após um tempo de caminhada decidimos apanhar novamente o eléctrico para a Queen's Road Central. Estes eléctricos são um dos cartões postais da região, e são caracterizados por terem dois andares. Num dos dias em que lá estivemos todos os transportes públicos eram gratuitos, e por isso tudo era motivo para apanharmos um "Ding Ding".
Após um almoço tardio num food market fomos visitar as Midle Level Escalator, que são as maiores escadas rolantes cobertas ao ar livre do mundo.
Estas escadas rolantes inauguradas em 1993, com o objectivo de ajudar a população nas deslocações nas íngremes encostas de Hong Kong. Estas escadas ligam a Queen's Road Central com a Conduit Road. São cerca de 800 metros de escadas, que atingem uma elevação de 135 metros, e o tempo total de viagem ronda os 20 minutos. O ideal é ir saindo das escadas para explorar os vários lojas, bares e restaurantes existentes. As escadas rolantes são unidirecionais descendo das 6 da manhã às 10 horas, e subindo das 10horas às 24 horas.
Soho é um dos bairros mais antigos e cosmopolitas de Hong Kong, e com acesso directo a partir das Midle Level Escalator , e que faz fronteira com Sheung Wan. Este distrito oferece várias opções de bares e restaurantes e é ideal para uma saída noturna.
Dia 3
Lantau + Dim Sum Square
O dia começou cedo para nós e após um café rápido no quarto já estamos prontos para um novo dia.
O destino do dia era a ilha de Lantau, que fica no delta do rio das Pérolas e é a maior ilha de Hong Kong. Pegámos nas nossas mochilas e fomos a pé em dirreção ao ferry. O percurso é simples, a partir da ilha de Hong Kong parte o ferry no pier 6 (sentido Mui Wo). Uma vez na ilha, basta apanhar o autocarro nº 1 para Tai O.
Inicialmente esta ilha foi povoada por pescadores, mas mais recentemente tem vindo a ser transformada numa ilha mais moderna devido a grandes projectos de engenharia como o Aeroporto Internacional de Hong Kong, o metro subaquático e a Disneyland. O motivo da nossa visita prendeu-se com a parte mais antiga da ilha - a Tai O Fishing Village e o Po Lin Monastery.
Tai O Fishing Village, é uma das últimas aldeias de pescadores onde ainda é possível ver algumas casas suspensas em estacas de madeira. Por toda a aldeia existem pequenos mercados ao ar livre onde os pescadores tentam a sua sorte junto dos turistas com a venda de produtos locais. Há ainda a possibilidade fazer passeios de barco, para observar golfinhos cor de rosa. A visita a esta parte da ilha não demorou mais que duas horas com o tempo para almoço incluído.
Chegados ao nosso destino começamos a explorar a zona e decidimos visitar primeiro o "Tian Tan Buddha" que é uma estátua em bronze, de 34 metros de altura, de Buda sentado. Para chegar ao topo da colina da montanha é necessário subir perto de 300 degraus. De seguida fomos visitar o mosteiro construído por três monges chineses. O seu interior embora com várias salas não apresentava grandes destaques.
Ao final do dia decidimos regressar à ilha de Hong Kong através do metro subaquático, o mesmo que vem do aeroporto, e fomos jantar a um dos locais que mais gostamos, o "Dim Sum Square". É um restaurante típico, barato e com comida deliciosa. Fomos dar um último passeio pela cidade à noite porque no dia seguinte voaríamos paras as Filipinas.