13/04/15

Pasta de Tamarindo


A pasta de tamarindo - fruto acastanhado que faz lembrar o amendoim em tamanho grande - é conhecida pela sua utilização na culinária do Sudeste Asiático mas é também utilizada na Índia, Médio Oriente e até na América Latina.



Com a pasta é possível cozinhar  (principalmente caril ou sopa de peixes e o famoso Pad Thai) e fazer molho de tamarindo. Há ainda a possibilidade de o incluir em sumos de fruta, prática mais comum na Índia e América Latina.

Vamos então hoje dedicar-nos ao fabrico caseiro desta pasta, que pode ser guardada no frigorífico por mais de uma semana até um mês no caso de ser enfrascada.

Nós compramos uma caixinha pequena com cerca de 130g de tamarindo inteiro (com casca). Começamos então pela parte mais facil, descascar os ditos:

Pequeno Tamarindo descascado
Um maior já descascado. Retirem os veios fibrosos pegando pela ponta livre que eles saem facilmente
Depois de descascados, os 130g passaram a pouco mais de 90g:



Se seguida, vamos adicionar uma pequena quantidade de água quente (não tem que estar a ferver nem nada que se pareça) de forma a que seja possível separar a pegajosa polpa das suas sementes, parecidas com grãos de café. Aqui as receitas diferem bastante e a grande diferença acaba por ser apenas notória na concentração da pasta final: se usarmos mais água, a pasta vai ficar mais diluída e como tal teremos que usar mais; se por outro lado usarmos menos água, vai ficar mais concentrada e terá que ser usada uma menor quantidade.

Usei 2 colheres de sopa para cada 30g, 6 no total. Podia ter usado mais mas preferi guardar mais um par de colheres para usar mais tarde para ajudar a filtrar a "papa" final. Deixei repousar cerca de 1h, revirando os tamarindos de 15 em 15 minutos.



Depois começamos por desfazer a polpa com a ajuda de uma colher de chá e a retirar as sementes consoante elas se vão soltando, bem como alguns "fios" fibrosos que escaparam:


Agora vem a parte mais "chata" e que implica sujar as mãos. Com a ajuda de um passador de rede, vamos filtrar a espessa pasta evitando que esta fique com restos de sementes (são bem duras mas algumas partem-se ao desfazer os tamarindos) ou partes fibrosas. Como a pasta é espessa, convém usar uma colher para ir "forçando" a mesma através da rede e para depois recolher a pasta que tende a ficar agarrada na parte inferior da mesma:


É na parte final deste processo que podem usar mais uma ou 2 colheres de sopa de água para ajudar a libertar a pasta que fica no passador. Mesmo assim vai sempre ficar lá alguma, podem passar o passador por água para dentro de outro recipiente e usar essa água para um caril que façam nesse dia. 
Temos, por fim, a pasta pronta:


Agora é só transferir para uma pequena tigela (como foi o caso, no topo do tópico) ou então guardar num frasco, onde se conservará por mais tempo. As sementes podem ainda ser torradas e ingeridas como se fossem amendoins ou então utilizadas como substitutas (ou conjuntamente) do café e têm propriedades medicinais.

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