02/07/15

Penang: Kek Lok Si e Spice Garden


Decididos a explorar a ilha de Penang para além de George Town, optamos por dedicar uma manhã ao maior complexo de templos budistas do sudeste asiático, o Kek Lok Si.

Central de Autocarros de Komtar
É relativamente fácil lá chegar através dos transportes públicos da ilha. No guia do Lonely Planet (12ª edição de Maio de 2013) referem o #204 que vai de facto para lá mas é pouco frequente. Apanhar o autocarro na Lebuh Chulia, como refere o mesmo, é impossível. Devem dirigir-se à Komtar - à data a torre mais alta de Penang, fácil de ver e lá chegar a pé a partir do centro da cidade - onde há uma central de camionagem. Daí saem vários autocarros que vão para Air Itam ou para a Penang Hill. Como ainda estivemos lá uns bons minutos à espera do tal #204 que nunca mais chegava, decidimos perguntar aos locais e estes informaram-nos que o #201 - provavelmente o autocarro mais frequente - também nos levava lá. O bilhete custou-nos 2 RM: levem dinheiro certo pois o condutor não tem acesso a troco (insere o dinheiro numas ranhuras e não o volta a ver).

Um dos muitos cemitérios chineses pelo caminho
O caminho é relativamente rápido excepto à chegada a Air Itam - malaio para "Água Preta" - que é uma pequena cidade com muito movimento. Saindo do autocarro é começar a subir. Primeiro por umas escadas ladeadas de vendedores de souvenirs e afins, depois pelo interior de algumas galerias com bancas de souvenirs e restaurantes de aspecto duvidoso, até se chegar à entrada do complexo propriamente dito.


O primeiro atractivo é a "Lagoa da Libertação", onde seguindo a tradição budista se podem "libertar" tartarugas (a quantidade delas é tanta que o conceito de "libertação" se torna relativo):



Prosseguindo a subida, inicia-se então a visita a uma sucessão de templos e locais de culto, com figuras de Buda mas também de deuses chineses. Aproveitamos e deixamos a nossa fita para que os deuses abençoassem o resto da nossa viagem:p




















A subida dos progressivos patamares culmina na torre principal concluída em 1930 - a Ban Po Tha - que conta 7 andares e 30 metros de altura. Cada andar tem um Buda diferente e consoante se vai subindo a vista sobre a ilha vai-se tornando cada vez mais esplendorosa. 











No complexo há ainda alguns jardins repletos de flores e aquários com peixes menos comuns. 


Após atravessar a loja de souvenirs do complexo, um elevador leva-nos até uma plataforma ainda mais alta - e mais recente - onde se encontra a enorme estátua de Kuan Yin - Deusa da Misericórdia. A estátua de bronze de 30 metros de altura encontra-se abrigada e tem vários espaços para quem quiser rezar à mesma - maioritariamente mulheres que querem ter filhos.





O regresso à "base" faz-se pelo mesmo caminho e como a descer todos os santos ajudam, mesmo com calor intenso, faz-se rapidamente o caminho. Mais complicado é perceber onde para o autocarro que temos que apanhar no regresso. Lá recorremos aos locais que nos indicaram o local e que teríamos - tal como cá - que fazer sinal ao motorista para parar.

Após o (incontornável) regresso a George Town, optamos por almoçar no Teksen, restaurante chinês recomendado no guia supracitado e que recomendamos à hora do almoço pois é só chegar e sentar (à hora de jantar padece do "efeito LP" e há uma fila considerável a enfrentar até termos uma mesa).

Para o período da tarde, optamos por visitar o Spice Garden e relaxar por umas horas nas praias da costa norte da ilha. O dito jardim foi de certa forma uma desilusão: não tem nada de extraordinário e os funcionários são pura e simplesmente desinteressados (para não dizer preguiçosos). O audio-guide está incluído mas "orientaram-nos" de forma a seguirmos apenas alguns pontos "principais" - saltando grande parte do jardim. De imediato nos apercebemos que nos tinham orientado para uma espécie de "fast-tour" optamos por experimentar os restantes números e pontos de interesse, que efectivamente funcionavam mas eram na generalidade ainda menos interessantes.






No final, temendo que o autocarro até Teluk Bahang - zona de praias desertas que segue à demasiado turística Batu Feringhi - nos consumisse o que restava da tarde, optamos pela quase deserta praia mesmo em frente ao Spice Garden. E digo "quase deserta" pois encontrava-se lá um jovem casal a tirar fotos para o seu álbum de casamento. 




Embora não seja uma praia de água azul cristalina, a temperatura da mesma é muito convidativa e o facto de a praia ser praticamente só nossa convenceu-nos a lá passar o resto do dia. Afinal de contas no dia seguinte tínhamos uma longa viagem, esta sim em busca as águas azuis e cristalinas das ilhas Perhentian!

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