01/02/16

Mandalay: parte II


No nosso segundo dia em Mandalay regressamos ao sopé da colina para conhecer mais alguns templos da cidade. Mas antes, dedicamos uma boa parte da manhã para conhecer o Palácio Real.

Este encontra-se numa ilha quadrada artificial, ligada por pontões à cidade. Apenas uma das entradas está aberta a turistas e aqui é imperativo comprar bilhete. Um dos guias que levamos, o Guia Azul (em castelhano), sugeria que não se visitasse o mesmo pois o interior "não vale nada". O outro, Rough Guide, era mais comedido embora também denotasse que o interior era desapontante. Ambos eram consensuais que seria de evitar dar dinheiro à junta militar que comanda os destinos do país à décadas, tal como o do Lonely Planet, referindo sempre as formas possíveis ou imaginárias para evitar pagar bilhetes. Sinceramente, não sei porque fazem então guias para estes países: se acham que visitar as atracções pagas se resume a dar dinheiro ao regime, então o melhor não seria mesmo não ir de todo para não começar logo por entregar dinheiro na compra do visto?! ...


Disparates à parte, compramos o dito bilhete - que tal como já referi no post anterior também é válido para outros templos (onde não pedem bilhete) e para Inwa - e entramos na cidade fortificada. O bilhete custa 10 USD, 10 Euro ou 10.000 Kyats (a última opção será a mais vantajosa).

No seu interior, uma grande parte do espaço é ocupado por regimentos militares, logo restrito a estrangeiros. No entanto, o Palácio - bem no centro da ilha - é facilmente acessível e é um local relativamente calmo, com poucos turistas. A maior parte do Palácio foi destruído na 2ª guerra mundial por bombardeamentos dos Aliados - sobrando apenas a torre e a casa da moeda sobreviveram. Os restantes edifícios foram reconstruídos na década de 90 mas valem bem a pena a visita.



















Daqui pusemos novamente os pés ao caminho e após termos que nos abrigar da chuva intensa por quase uma hora numa pequena banca de comida, lá seguimos para alguns dos mosteiros mais conhecidos no sopé da colina. Começamos pelo Atumashi Kyaung, um imponente mosteiro que data de 1857 mas que ardeu num incêndio em 1890. Foi entretanto reconstruído e é um oásis de tranquilidade nesta zona movimentada da cidade.




Os locais, como em muitos outros locais de culto, fazem dele um ponto de encontro e convivência:


Uns poucos de metros mais à frente, chegamos ao Shwenandaw Kyaung. Este é todo construído em teca, talhada ao pormenor no exterior e no interior, e foi movido do antigo palácio real de Amarapura, uma antiga capital, para Mandalay. Originalmente foi ainda revestido a ouro e adornado com mosaicos de vidro.











No final, ainda tivemos tempo para entrar num mosteiro no activo, onde pudemos constatar a vida no mínimo despojada dos monges de Mandalay:






No final, almoçamos já tarde enquanto descansamos por uns minutos antes de embarcar num pequeno camião de caixa aberta transformado em tuk-tuk para subir à colina de Mandalay, que visitaremos no próximo post!




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