19/02/16

Mandalay: parte III


Depois de conhecermos os principais templos no sopé da colina de Mandalay, chegava finalmente o momento de conhecer a colina propriamente dita. Esta não só proporciona belas vistas sobre a cidade como se encontra repleta de templos um pouco por todo o caminho, que se adensam ao chegar ao topo.






A subida à colina pode ser feita a pé - há 2 caminhos diferentes que se unem ao fim de alguns minutos - ou em carrinhas de caixa aberta. Uma vez que o preço da subida motorizada era bastante acessível, decidimos dar algum descanso às pernas e usa-las apenas na descida. Assim, lá subimos a alta velocidade. A estrada levou-nos, zig-zagueando pela colina, quase até ao topo, onde lá tivemos que nos descalçar uma vez mais para começar a explorar os templos. 











Sanda Mukhi, o rei reincarnado em "ogressa" que ofereceu os seios a Buda
Pessoalmente, o que mais me impressionou foi o movimento frenético de crentes que deambulavam por percursos mais ou menos labirínticos, rezando e deixando oferendas um pouco por toda a parte. Outros aproveitavam, tal como os turistas, para desfrutar das vistas e tirar algumas fotos, nomeadamente com a Catarina:



A maior parte dos templos são dedicados a Buda, incluindo o majestoso Su Taung Pyi Paya no seu topo, mas um dos mais concorridos é dedicado a duas "cobras" - estátuas, entenda-se. A colina é considerada sagrada por se acreditar que o Buda previu no cimo da mesma a emergência de um grande centro religioso no sopé da montanha, ao passo que as cobras se devem à crença que duas cobras habitavam a colina e veneravam o religioso.


Uma presença constante em todos os templos de Myanmar, é a oferenda de dinheiro, geralmente em caixas mas por vezes nas próprias imagens idolatradas:



A descida da colina, é relativamente fácil embora requeira alguma atenção para seguir o caminho "certo". Esta é feita com os pés descalços e a maior parte do caminho é coberto. Aproveitamos a proximidade regressar ao Kyauk Taw Gyi Paya, que já havíamos visitado de noite. O ambiente durante o dia é bem mais tranquilo, mais propício às preces do que ao comércio. Vimos ainda algumas bancas de comida que já se encontravam no activo.




Mandalay tem uma imensidão de templos que podem ser visitados, mas faltava-nos um que viria a ser um dos mais marcantes em todo o país, o Mahamuni Paya. Este é provavelmente o mais venerado em toda a cidade, tendo como figura central uma grande estátua de Buda onde os homens colam folhas de ouro enquanto rezam à sua volta. As mulheres não podem aproximar-se do mesmo, o que não significa que estejam em menor número (pelo contrário), ficando a rezar no espaço circundante ao altar central. De manhã cedo é quando afluem mais crentes ao templo.








Antes da visita ao templo, tivemos ainda tempo para visitar uma loja onde "fabricam" as ditas folhas de ouro e a uma outra com artesãos que se dedicam ao trabalho da madeira e de tecidos:









No exterior do templo, há ainda um pátio que dá acesso a uma pequena sala com estátuas em exposição:



Neste templo, viria a perder o meu iPhone no meio da multidão, só me apercebendo largos minutos depois. Qual não foi o meu espanto quando descobri que alguém o tinha encontrado e entregue aos seguranças, que mo devolveram prontamente quando o nosso taxista/guia perguntou por ele. Ainda mais atónito fiquei quando o guia me sugeriu que desse uma pequena "oferenda" aos seguranças e estes a declinaram educadamente. Efectivamente o materialismo aqui não tem lugar, ao contrário da honestidade que é uma constante.

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