05/03/15

Phnom Penh

Phnom Penh, nome da maior cidade e capital do Camboja desde o período colonial francês, significa literalmente "Colina da Penh", em alusão à "Senhora Penh" que segundo a lenda ter-se-á deparado com uma figura de Buda num tronco oco que veio ao seu encontro com as cheias do rio Mekong. Esse seria um sinal de que este queria uma "nova casa" pelo que mandou construir o Wat Phnom (Templo da Colina).

Wat Phnom, retirada da Wikipedia (autor(a): Sungdauvien38)
Chegamos a Phnom Penh vindos pelo Delta do Mekong do Vietname. À chegada, na primeira quinzena de Outubro e com o aproximar do final das monções, a cidade encontrava-se alagada. Com o aumento do caudal do rio Mekong, as águas do lago Tonle Sap alagaram campos e aldeias na proximidade do mesmo. Na cidade, o escoamento pura e simplesmente não dava conta de tanta água e em alguns sítios este chegava praticamente aos joelhos.

Primeira impressão do Camboja, ainda na carrinha 
"Ruas" de Phnom Penh

Campos na periferia
Após tratarmos do visto assim que chegamos a terra (depois de termos passado pelo posto fronteiriço do Vietname de barco), seguimos em carrinhas para a cidade e desde os subúrbios percebemos que por causa das inundações não era propriamente viável caminharmos em busca do nosso alojamento. Além disso as ruas da cidade têm números, não nomes, que aparentemente seguem uma certa lógica: números ímpares para ruas com orientação Norte-Sul, números pares para as de orientação Este-Oeste. Nós não achamos nada prático, até porque os números na sua maioria não são sequenciais.

Posto isto, à chegada à sede da companhia com que terminávamos o nosso tour, nós e os restantes turistas que iam connosco - um pequeno grupo de 6 ou 7 pessoas - decidimos maioritariamente arranjar tuk-tuks (remorks no Camboja) para nos deslocarmos mas era véspera de feriado e muitos deles regressaram às suas terras para passarem o feriado com as famílias. Perante a escassez de opções e algumas tentativas falhadas de contacto telefónico directo com alguns deles, alguém se lembrou de pedir ao guia para nos chamar 2 ou 3. A resposta foi no mínimo intrigante: "Isto já não é o Vietname, isto é o Camboja". E assim percebemos que estávamos "entregues à bicharada".

Quando lá conseguimos encontrar um tuk-tuk, partilhamo-lo com um casal francês cujo hotel ficava a caminho do nosso. Após a saída deles, o simpático motorista para o tuk-tuk para "renegociar" o preço, afirmando que podíamos sair ali se o "novo preço" não nos agradasse. Após uma breve discussão em que nada parecia demover o homem do intento de "renegociar", recusamo-nos educadamente o preço bem como a opção de sair do tuk-tuk. O senhor acabaria por ceder com a mesma lata e o mesmo sorriso com que nos comunicou o "novo preço" e ainda se ofereceu para ser o nosso tuk-tuk nos dias que seguiam (!) ...de facto não estávamos mesmo no Vietname, isto era o Camboja!

Orquídeas no hotel
Ficamos alojados no Asian Urban TeaHouse Hotel, acabado de abrir e com um preço bastante simpático à data (se não estou em erro, 15€ por noite). No dia da chegada aproveitamos para relaxar um pouco junto à marginal (uma espécie de "Green Light District" da cidade) e para tirar algumas fotos nocturnas dessa parte da cidade.

Phnom Penh ao anoitecer
"Famosa" Happy Pizza
Sem comentários 
No dia seguinte, dedicamos a nossa manhã ao Tuol Sleng e ao "Russian Market", que apesar de se encontrar fechado por ser feriado, tinha alguns comerciantes no seu exterior a tentar fazer pela vida. Após um longo e amputado almoço (no Camboja a troca/esquecimento dos pedidos é relativamente frequente e "normal") na marginal, visitamos os "Killing Fields"





Não sobrou muito mais tempo a não ser para uma curta caminhada pela zona do Palácio Real e acabamos por só ver o Wat Phnom já no caminho para a central de camionagem de onde iríamos partir para Siam Reap, sem direito a paragem para foto. Uma outra "experiência" que não tem registo fotográfico mas que recomendamos aqueles que queiram algo "diferente" é o restaurante Pyongyang, do regime Norte Coreano. As empregadas - também elas norte-coreanas - fazem parte da "atracção" formando uma banda "rock" sempre que o abrandar do serviço permite. O menu é interminável e os preços são elevados para uma cidade como Phnom Penh.

Supremo Tribunal
O mesmo, ao fundo da avenida (vedada ao trânsito...)
Palácio Real, vedado ao público - foto tirada do portão...
Ainda parte do Palácio Real, avenida também ela vedada ao trânsito... 
Crianças brincando com sacos de "água", em frente aos jardins que separam o Palácio da marginal

Monumento da Independência
Este sinceramente não me lembro! Lol
Um outro "ícone" de Phnom Penh que não visitamos - porque estava efectivamente fechado tal como o Russian Market, foi o Psah Thom Thmey ou Novo Mercado Central:

Retirada da Wikipedia, (autor(a): dalbera)
Por fim, uma foto das ruas em frente à central de camionagem (e bem mais realistas da cidade fora da zona do Palácio Real)

2 comentários:

  1. Estive a dar uma vista de olhos no geral e gostei muito das partilhas! =)

    Um beijinho e boa semana.

    http://agatadesaltosaltos.blogspot.pt/

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  2. Olá gata de saltos! Obrigada pelo comentário :) Já sigo o teu blog há algum tempo por isso foi muito bom ver-te por cá :)

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