Sibiu, também chamada Hermannstadt, é um dos principais centros culturais da Transilvânia e da própria Roménia, tendo sido Capital Europeia da Cultura em 2007.
A viagem para Sibiu, proveniente de Timisoara, foi feita de autocarro. Era relativamente moderno e a estrada era bastante razoável, a viagem durou cerca de 5h. Alguns trechos mais montanhosos demoraram mais mas foram também os mais compensadores em termos paisagísticos. Já perto de Sibiu, ainda tivemos a oportunidade de ver 2 camiões TIR capotados num espaço de 1 ou 2 kms.
Os infindáveis campos de Girassol... |
Chegados a Sibiu ao final da tarde, caminhamos até ao Hotel Ibis, excelentemente localizado e mais barato do que a maior parte das alternativas. A vista em nada ficava a dever aos hoteis mais caros circundantes:
Pena a janela não abrir... dá pra ter a ideia. |
Após o banho da praxe, seguimos para o centro histórico onde jantamos naquele que julgávamos ser o melhor restaurante que iríamos encontrar no país, Crama Sibiul Vechia. A entrada é um pouco escondida e o restaurante numa cave em pedra, em forma de tunel. Há música tradicional ao vivo, à base sopros. Muito bom, comida, música, atendimento, etc.
Pastrami e Polenta |
De seguida, uma pequena volta pelo centro, que foi o suficiente para encontrarmos dois "jovens" franceses que tinham sido expulsos do seu autocarro por trazerem um cão vadio desde a Grécia (era o protector de um deles quando dormiam na rua ou em jardins) e se recusarem a transportá-lo numa jaula. Curiosamente tinham outro autocarro no dia seguinte (queriam ir para Paris porque o dinheiro estava mesmo mesmo no fim), já tinham os bilhetes pagos (tal como os que anteriores) e continuavam sem jaula para o cão, dizendo que este ia ao lado deles.
Acabamos a noite no Zen Garden Club, que tem uma vista explêndida, mesmo em frente aos principais hotéis e fomos dormir.
No dia seguinte saímos cedo para visitar a cidade. O centro histórico é muito bonito, para mim provavelmente a cidade mais bonita da Roménia (das que conheci). Partes da cidade são medievais, outras da era do Império Austro-Húngaro. Anda-se bem a pé e conseguimos ver as principais atracções da cidade até depois ao almoço.
Piata Mare |
parte da Catedral Evangélica, em obras de restauro |
Fachada da Catedral Metropolitana (Ortodoxa) |
Casamento no interior |
Frescos do interior |
Pinturas numa entrada de um edifício (penso que religioso) |
"Drácula Style" |
Piata Mica (Pequena) ; por baixo da Torre, a passagem para a Piata Mare (Grande) |
Perto da Piata Mica |
A cidade tem muitos museus mas tinhamos que optar... acabamos por decidir-nos pelo Muzeul Civilizației Populare Tradiționale, a 12 kms da do centro. Fomos de taxi, não me lembro do preço mas era barato desde que negociado de antemão.
Na verdade o museu é um parque ao ar livre,
com uma grande extensão, repleto de casas tradicionais antigas, moínhos, e
alfaias agrícolas em redor de um lago. Fomos ao fim de semana e deu para
perceber que apesar de receber alguns turistas estrangeiros, a maioria eram
nacionais ou locais, sendo local de eleição para festas de casamento (vimos
pelo menos 3, sendo que num deles a noiva logo à chegada foi dar uma volta de
burro pelo parque sozinha - e nunca mais ninguém a viu).
Recomendamos vivamente a visita ao museu,
visto que dizem ser muito maior e melhor que o de Bucareste e mais barato. Um
pormenor, à entrada foi a primeira vez que nos cobraram uma taxa pela máquina
fotográfica (1 euro). Pagamos para a máquina mas não para o iPhone, o que
obviamente se revelou um desperdício uma vez que tendo em conta a dimensão do
parque ninguém tenta sequer controlar uma máquina que seja.
Casamento e respectivo catering:
No final da tarde, estafados após ter visto os 2/3 mais interessantes do parque, regressamos à cidade, banho e jantar, desta feita na outra ponta da Piata Mica. De seguido tentamos explorar um pouco mais a noite de Sibiu mas rapidamente percebemos que a moda por aquelas bandas são os "típicos" pubs ingleses, em que no entanto a música parou nos inícios de 90. Se de início ainda tem alguma piada relembrar hits da nossa infância, apreciar o macho latino (romeno) louco de 1,5m a dançar qual Michael Jackson incessantemente ao lado da nossa mesa perante duas bifas aparentemente fufas e um gajo com pinta de alemão, com 2 m de altura, a tentar matar gafanhotos gigantes que ia vendo pelo palco (onde se juntam a dançar e tão rapidamente esvazia como enche, consoante a escolha o sonoro) entre outras típicas de quem está a alucinar, ao final de algum tempo e com o avançar da hora (após 3 pubs, todos eles próximos), decidimos procurar um sítio diferente e que estivesse aberto até mais tarde. Foi aí que começamos a perceber que na Roménia a noite se transfere sempre a certa altura para as discotecas nas aldeias... medo, muito medo... optamos por ficar na cidade e regressar ao hotel, pois o dia seguinte, o da partida, começava cedo.
Adoro a tua escrita. És giro! Casas comigo?
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