É uma cidade cosmopolita recheada de história, que dada a sua proximidade aos Alpes é também a grande cidade alemã onde mais neva. Em Fevereiro não apanhamos neve e estava frio mas nada de insuportável.
O nome da cidade provém dos monges beneditinos que tinham um mosteiro naquela que é agora a parte antiga de Munique. Daí o monge que figura no centro do brasão da cidade. Apesar de esta ser a sede de importantes empresas de renome mundial e dos edifícios históricos que abundam na mesma, é provavelmente mais conhecida pela sua cerveja e, acima de tudo, pelo mundialmente famoso Oktoberfest.
A parte antiga de Munique era muralhada e hoje em dia restam 3 dos seus portões de entrada: o Sendlinger Tor, o Isaltor e o Karlstor. Assim, optamos por ficar alojados perto do mais importante dos 3, o Sendlinger Tor, e em poucos minutos estávamos a explorar a parte velha da cidade.
Asamkirche, perfeitamente enquadrada nos prédios da Sendlinger Straße |
Neue Rathaus |
A sua torre central conta ainda com um famoso Glockenspiel que entra em funcionamento diariamente pelas 11h, com um "espetáculo" que dura entre 12 a 15 minutos dependendo da peça a "representar" nesse dia.
Torre com Glockenspiel |
No extremo oriental da praça, encontra-se a antiga câmara municipal, a Altes Rathaus:
Altes Rathaus |
Vista de outra perspectiva |
Da Marienplatz à Frauenkirche (ou Catedral de Nossa Senhora Benedita) é um saltinho. Esta é a maior catedral da cidade as suas duas torres são visíveis praticamente em qualquer lado, o que é uma grande ajuda para nos orientarmos na cidade. Quando lá fomos encontrava-se encerrada por estar a ser restaurada mas habitualmente é possível subir à torre Sul da mesma, de onde se tem uma vista privilegiada sobre a cidade.
Fraunkirche, com trabalhos de restauro |
Passamos de seguida Bayerische Staatsopera, a ópera bávara de Munique:
Uma outra igreja importante e que foge à arquitectura gótica das precedentes é a Theatinerkirche ou Igreja dos Teatinos e de São Caetano. Esta localiza-se na Odeonsplatz, a alguns minutos da pé das precedentes. De arquitectura Rococó, é acima de tudo conhecida pela cor amarelada, mais comum nas igrejas mediterrâneas.
Ainda na Odeonplatz situa-se o Feldherrenhalle, monumento que homenageia o exército Bávaro. Este foi ainda o palco de confrontos entre a polícia Bávara e manifestantes nazis seguidores de Adolf Hitler, em 1923. Dos mesmos resultaram vários mortos de ambos lados e a prisão e condenação de Hitler.
Odeonplatz |
Feldherrenhalle |
Hoje em dia, luta-se - sem grande adesão - pela libertação dos oprimidos e a Catarina quis juntar-se:
Mais uns metros adiante, encontra-se o Hofgarten, um jardim localizado entre o Residenz (maior palácio urbano da Alemanha, hoje em dia museu) e o Jardim Inglês, o maior espaço verde do centro de Munique e onde é possível praticar surf num pequeno rio artificial que atravessa o mesmo e que devido à sua construção tem ondas contínuas. O Hofgarten tem ainda um pequeno templo no meio do jardim.
Residenz |
Residenz |
Como já era final da tarde e o frio apertava, decidimos deixar o Jardim Inglês para outra altura e iniciamos o regresso em direcção ao hotel. Neste percurso até Sendlinger Tor, optamos por um caminho alternativo e passamos pelo Victualienmarkt: um mercado ao ar livre onde se vendem produtos regionais e hortícolas biológicos, onde também existem alguns cafés envidraçados que se encontram cheios ao final do dia. Um pouco à frente, encontramos o Münchner stadtmuseum e o Filmmuseum, seguidos de imediato pela moderna sinagoga Ohel Jakob, na St. Jakobsplatz. Esta é apenas uma das zonas onde edifícios modernos se combinam na perfeição com edifícios históricos.
Após este dia preenchido, jantamos num óptimo restaurante Vietnamita nos subúrbios da cidade e preparamo-nos para no dia seguinte partir numa breve escapadela a Salzeburgo. No regresso, ficamos na zona da Karlsplatz (também conhecida como Stachus) que é uma zona pouco recomendável mas que dá acesso a algumas das principais artérias comerciais da cidade. Exploramos a mesma após passarmos o dia no campo de concentração de Dachau (a abordar num post próprio) e vale a pena mencionar o Bernheimer-Haus, edifício residencial e comercial neo-barroco de finais do século XIX, que viria a influenciar toda a arquitectura da cidade:
Para finalizar o post, em jeito de "farpa" àqueles que nos vêm como um povo pouco trabalhador e que só quer "boa vida", no último dia queríamos beber uma cerveja numa esplanada ao sol e não nos foi possível pois não havia lugar... às 15h de uma sexta-feira:
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