01/05/15

Little India



Começamos a planear esta viagem ainda com mais antecedência do que o habitual por se tratar da nossa Lua de Mel:) Queríamos regressar à Ásia, continente onde ficamos noivos e pelo qual nos apaixonamos à primeira vista!
Depois do casamento, na ilha de São Miguel, íamos perdendo o voo de São Miguel para Lisboa e no dia seguinte, mesmo tendo dormido em frente ao aeroporto da Portela, íamos novamente perdendo o voo para Singapura. Nada que uma correria desenfreada até ao A380 da Emirates não tenha resolvido!

Após a longa jornada com escala de duas horas no Dubai chegamos finalmente a Singapura, o mais pequeno país do continente asiático. A cidade-estado é também conhecida por ser uma das mais desenvolvidas e mais caras do mundo, o que parece ser verdade para estrangeiros que lá vivem mas não para um turista. Exceptuando o alojamento, que é de facto bem caro, o resto dos gastos são relativamente acessíveis.

Chegamos ao aeroporto e após uma hora na imigração lá apanhamos o metro - o melhor em que circulamos até hoje - até à estação de Bugis, zona onde se localizava o nosso hotel, o Big Hotel. Apesar do nome e de se auto-intitular um "boutique hotel", não é bem uma coisa nem outra. O hotel é de facto grande (o que só por si já invalida de certa forma que seja um "boutique hotel") mas os quartos embora bons, são de facto muito pequenos, sendo que a largura do mesmo coincide exactamente com o comprimento da cama.

Um dos motivos porque optamos pelo mesmo foi o facto de se localizar próximo da Little India, por onde começamos a explorar a cidade. Nesta zona onde habitam preferencialmente gentes de ascendência indiana, há templos hindus mas também mesquitas, alguns templos budistas e até um templo taoísta. Um aspecto em que a zona se destaca da restante cidade é a relativa ausência de arranha céus, sendo constituída por edifícios de 2 ou 3 andares, alguns deles do período colonial.

Assim, começamos por tirar os sapatos para visitar uma mesquita (masjid), a semi-deserta Abdul Gaffoor:





Seguimos pelas coloridas ruas até um dos templos hindus que decidimos visitar, o Sri Veeramakaliamman:




Neste que é provavelmente o mais conhecido e movimentado templo hindu, foi-nos possível contemplar os crentes nas suas preces. É dedicado à feroz deusa do poder, do tempo e da morte: Kali.








Um pouco mais adiante na mesma rua, a Serangoon Road, depois de passar a desinteressante mesquita Angullia...


chegamos a outro templo hindu, o Sri Srinivasa Peruma, dedicado a Vishnu:







Uns poucos metros à frente, numa rua paralela à anterior, na Race Course Road, encontramos então o Sakya Muni Buddha Gaya. No interior do templo, fundado por um monge Tailandês, há um Buda sentado de 15 metros e 300 toneladas. Apesar de a influência do budismo tailandês ser notória, o Buda tem a "companhia" de uma deusa chinesa e Ganesh e Brahma, divindades hindus. À volta do Buda, encontramos uma sequência de frescos relatando episódios importantes da vida do mesmo. Um pequeno compartimento com entrada pela traseira do Buda, mostra ainda um pequena Buda reclinado, sendo a única parte que não é possível fotografar.


Mesmo em frente a este, encontram o Leong San See, um pequeno mas interessante templo taoísta:




Regressando à Serangoon, uns metros adiante têm um terceiro templo hindu que não visitamos por se encontrar encerrado, o Sri Vadapathira Kaliamman. Para terminarmos a nossa visita à Little India, faltava uma curta visita ao Mustafa Centre, um centro comercial "atípico" para Singapura:


Seguimos então em direcção à Chinatown, que ficará para o próximo post sobre uma das cidades mais chuvosas do sudeste asiático! Para terminar este, ficam as tais ruas coloridas que referi no início:









Antiga residência de Tan Teng Niah





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